Comunicação não violenta – CNV

Você sabe a importância e os benefícios de uma boa comunicação na vida pessoal e profissional?

A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO

Dentre as habilidades interpessoais mais importantes existe a COMUNICAÇÃO, em suas várias formas: verbal ou corporal por exemplo.

. verbal temos: o tom, a altura da voz, as palavras em si…

. corporal: a postura, os gestos, as expressões faciais…

COMUNICAÇÃO NÃO VIOLENTA – CNV

Comunicação não violenta é uma forma consciente de nos comunicarmos, baseada numa mudança de foco do que é certo ou errado, para compreender e atender às necessidades próprias e do outro, à partir do desenvolvimento de uma percepção compassiva e empática das situações, das pessoas e do mundo.

Comunicar-se com consciência pode proporcionar mudanças radicais na vida do ser humano.

COMO APRENDEMOS A NOS COMUNICAR

A maioria de nós foi educado para agir de forma a evitar situações que nos gerem culpa, vergonha ou punições, e para que possamos nos manter seguros nos relacionamentos. 

O padrão comportamental que mais observamos é o de criticar ou julgar o que não compreendemos, o que é diferente, o que nos causa desconforto ou aparente ameaça.

Vivemos em busca de aprovação, valorização, pertencimento, então criticamos o que pode ameaçar nosso bem estar. Desta forma aprendemos a não sermos autênticos, a sermos individualistas, e buscar ficar sempre o mais próximo da “normalidade”.

Desenvolver um olhar no qual possamos observar e respeitar as diferentes opiniões e pontos de vista, sem nos sentirmos ameaçados é um dos pontos que desenvolvemos com a Comunicação não violenta.
Aprendemos também a ter autoconsciência sobre nós mesmos, sobre nossos sentimentos e necessidades (autoempatia), a nos conectar verdadeiramente com o outro e assim poder compreendê-lo.

Alguns benefícios de ter a habilidade da comunicação desenvolvida

  • melhora a autoimagem perante si mesmo e os outros;
  • melhora auto estima e segurança ao se posicionar;
  • auxilia na resolução e prevenção de conflitos;
  • consegue escolher melhores estratégias para atender suas necessidades;
  • melhora a compreensão do que o outro diz;
  • gera vínculos de relacionamentos saudáveis e verdadeiros;
  • melhora compreensão dos clientes internos e externos no ambiente de trabalho.

A importância do autoconhecimento

O autoconhecimento é a porta para o início do trabalho da comunicação, pois apenas percebendo como nos comportamos, poderemos entender o quão longe estamos do ideal.

Verificar como está nossa auto expressão, nossa postura perante os outros, como fazemos para alcançar um objetivo ou falar nossa opinião através da comunicação.

O direito pela autenticidade e por ser compreendido está em todos os lugares, em casa, na vida pessoal e profissional.

O QUE É IMPRESCINDÍVEL PARA UMA BOA COMUNICAÇÃO?

  1. Intenção – Saber o que você intenciona com essa comunicação (explicar o quadro ganha x ganha)
  1. Conexão – se não há conexão não existe comunicação. Para conectar é necessário presença.

O QUE PODE ATRAPALHAR UMA BOA COMUNICAÇÃO?

  1. Falta de conexão – julgamentos, críticas e falta de presença  – numa intenção ativa de “escutar” o que o outro diz (escutar é interpretar o que está sendo dito), não no celular, olhando nos olhos de preferência, sem interromper, sem dar conselho, apenas estar presente.
  1. Intenção de vencer a discussão – bem, se virou discussão já não haverá conexão.
  • Uma boa estratégia é lembrar da relação ganha x ganha, onde o objetivo é que todos sejam atendidos da melhor forma possível.
  1. Como eu percebo o que o outro fala – tem relação com pensamentos e crenças que temos enraizadas em nós e que nos fazem perceber muitas vezes de forma distorcida o que o outro fala. Também às vezes somos sequestrados pela emoção e sentimentos do outro.
  • Uma boa prática para evitar isso é estar presente e buscar entender o que está por trás da fala do outro (perguntar para confirmar sua impressão) e buscar entender o que está por trás dos seus sentimentos diante da situação (NECESSIDADES).

Os pilares da Comunicação não violenta (CNV)

  1. Observação: aprender a observar o que realmente está acontecendo sem críticas nem julgamentos das pessoas envolvidas. Utilizando a observação ao iniciar uma conversa delicada, melhora as chances de ser ouvido e compreendido.
  2. Sentimentos: perceber que sentimentos estão envolvidos na situação, os seus e do outro, e conseguir fazer uma dedução de que necessidades estão por trás destes sentimentos.
  3. Necessidades: Marshall Rosenberg (pai da CNV), dizia que todos somos iguais em necessidades humanas universais, o que nos difere é como aprendemos a atendê-las. Compreender o que está por trás das palavras, das expressões (sua e do outro) é o início do caminho para podermos considerar fazer acordos e resolver conflitos. Isto acontece através do desenvolvimento de uma escuta ativa e empática e da intenção sincera de resolver para o bem e satisfação das necessidades de todos.
  4. Pedidos: aprender a fazer pedidos, com consciência das nossas necessidades, levando também em consideração e respeitando os direitos e necessidades do outro, é um caminho para a colaboratividade nas empresas e fora delas.

Assim a Comunicação não violenta (CNV) é mais do que uma técnica, pode ser vista como uma filosofia, onde tiramos o foco das críticas, julgamentos e punições, para colocar luz sobre as necessidades de todos, num movimento de conexão real, empatia e colaboração.

por Patricia Gabnai

consultora e coach de desenvolvimento humano na

Conexão Ametista – desenvolvimento humano integral.

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